quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Fusíveis – Proteção contra elevações de corrente elétrica

Proteção contra elevações de corrente elétrica: Conheça o Fusível
 
Um dispositivo simples que serve como proteção de circuitos elétricos bem como equipamentos, é o chamado fusível. Ele pode ser encontrado em instalações elétricas de baixa tensão aonde protege cargas como por exemplo lâmpadas e até mesmo em sistemas complexos de geração e distribuição de energia, por seu baixo custo e ter operação simples. Recomendado também para aplicações nas quais se deseja proteção eficaz contra sobrecorrentes ou curto-circuito.

O que é fusível?

É todo e qualquer dispositivo que contém um componente o qual entra em fusão quando a corrente elétrica no circuito em que foi instalado excede um valor pré-determinado durante um intervalo de tempo específico e suficiente à sua atuação, sendo que ele interrompe a corrente cessando assim a alimentação nos condutores. Operam fundindo um elemento sob o efeito da elevação na corrente normal de funcionamento presente nos alimentadores, que provoca um aumento de temperatura resultante. Podem ser utilizados em indústrias e oficinas, contendo máquinas, motores e fornos elétricos de média e grande potência ou até mesmo em alguns imóveis e condomínios residenciais desde que exista nestes a presença de um profissional que seja encarregado de prestar a manutenção necessária.
A principal finalidade do fusível seria realizar a proteção de elementos numa instalação (mesmo que em baixa tensão), além de preservar o patrimônio e a integridade de pessoas e animais. Em linhas gerais, atua em condições de sobrecorrente e curto-circuito, sendo proteção adicional que evita danos a equipamentos, incêndios ou inutilização dos componentes que integram os circuitos alimentadores.

Tipos de Fusíveis 

Existem três categorias de fusíveis conforme a eficiência de operação e aplicações a que se destinam. Conheça a seguir cada tipo específico.
Fusíveis de Efeito Rápido  – Utilizados em aplicações simples nas quais a carga acionada pela rede elétrica não apresenta picos de corrente, ou seja, a corrente consumida pelo equipamento através de sua ligação a tomadas não assume valores elevados, por exemplo lâmpadas, fornos elétricos, etc.
Fusíveis de Efeito Retardado – Utilizados em circuitos nos quais a corrente de partida dos equipamentos assuma valores bem superiores aos que possuem nas condições normais de funcionamento ou em situações aonde ocorre sobrecarga momentânea dos circuitos (pequenos intervalos de tempo), é o caso dos motores elétricos e cargas capacitivas respectivamente.        
Fusíveis de Efeito Ultra-Rápido – Aplicados em situações nas quais a carga a ser alimentada possui circuitos eletrônicos ultrassensíveis constituídos por elementos semicondutores, tiristores, GTO’s e diodos interrompendo a corrente quando houver um curto para evitar danos a essas partes constituintes.

Proteção de Circuitos: Instalação dos Fusíveis

Dimensiona-se um fusível de acordo com três características fundamentais, que especificam sua operação conforme a definição: corrente nominal, corrente de curto-circuito e tensão nominal, informações que auxiliam na escolha de qual espécie desse dispositivo será adotada como proteção.
Os formatos comerciais que costumam ser utilizados mais frequentemente são os fusíveis NH e Diazed. Suas especificações determinam as circunstâncias em que tais dispositivos são capazes de atuar. Precisamos identificar muito bem os conceitos e o mais importante, não confundi-los, afim de saber para qual aplicação destina-se o uso desses fusíveis mencionados.

Características dos Fusíveis:

Corrente Nominal – Seria o valor de corrente suportável pelo fusível, sem que ele interrompa a alimentação do circuito o qual esteja protegendo. Tal dimensão consta no corpo de porcelana que integra o dispositivo.
Corrente de Curto-Circuito – Corrente máxima que ao percorrer um circuito elétrico deve ser interrompida pela queima do fusível, utilizado a título de proteção conforme citado.
Capacidade de Ruptura (kA) É a corrente que pode ser interrompida pelo fusível no circuito com segurança e não depende da tensão máxima correspondente à instalação.
Tensão Nominal – Valor de tensão que pode ser suportado pelo fusível, mediante o qual ele irá atuar normalmente em condições extremas de temperatura. Para instalações elétricas em baixa tensão, os valores de tensão indicados são de 500 V para circuitos CA (corrente alternada) e de 600 V para circuitos CC (corrente contínua).
Apresentamos a seguir informações sobre a constituição geral dos fusíveis utilizados mais frequentemente e alguns outros equivalentes que servem para o mesmo objetivo daqueles.

Fusíveis NH

Partes integrantes:
  • Uma base, feita de material isolante aonde são fixados contatos tipo garras contendo molas que aumentam a pressão no encaixe.
  • O fusível propriamente dito, um corpo retangular de porcelana que contém no seu interior o chamado elo fusível (lâminas que se ajustam perfeitamente às garras da base, perfuradas em alguns pontos tornando a seção condutora menor).
Estes fusíveis podem suportar elevados níveis de tensão sem que haja rompimento de seu elo fusível. São indicados para circuitos nos quais ocorrem picos de corrente, bem como aonde existam cargas reativas (indutiva e capacitiva).
Possuem corrente nominal que vai de 6 A a 1,2 kA.
Capacidade de ruptura elevada > 70 kA.
Tensão máxima suportada de 500 V (em circuitos CA).    Fusíveis NH

Fusíveis DIAZED

Partes integrantes:
  • Uma base de porcelana, contendo um elemento metálico em seu interior que é ligado a um dos bornes, sendo que o outro está conectado ao parafuso de ajuste.
  • Tampa também em porcelana, que prende o fusível na base, a qual não fica inutilizada mesmo que ocorra queima do dispositivo, quando então cessa a condutividade da corrente.
  • Parafuso de ajuste que impede a substituição do fusível ideal para a aplicação por outro de maior ou menor capacidade, sua montagem é feita com uso de chave especial.
  • Anel em porcelana com rosca interna que protege a base aberta contendo uma rosca de material metálico, impedindo contatos manuais inadequados na troca do fusível.
  • Fusível feito de porcelana, com extremidades aonde está afixado um fio de cobre ou metal recoberto por zinco.
No interior desses fusíveis existe areia especial que tem a função de interromper o arco elétrico (centelha azul que surge durante o curto-circuito) e evita explosões que possam ocorrer com a queima do fusível.
Os fusíveis DIAZED podem ser de ação rápida, próprios para circuitos aonde não existem cargas com pico de corrente (resistivas) do tipo lâmpadas e fornos e de ação retardada, implantados em circuitos contendo motores (carga indutiva) e capacitores pois apresentam corrente que atinge picos, cuja operação é mais lenta devido a essas correntes máximas provenientes de cargas reativas serem instantâneas.
Possuem corrente nominal máxima de 100 A.
Capacidade de ruptura equivalente a 70 kA.
Tensão máxima suportada de 500 V (em circuitos CA).

Fusíveis DIAZED feito de porcelanaOutros fusíveis equivalentes:

 Fusível SITOR (Silized)

Fabricado em 5 tamanhos diferentes
Corrente nominal de 16 A a 900 A (corte ultrarrápido)
Tensão nominal: 600 V a 2,5 kV (CA) e 440 V a 600 V (CC)
 Fusível SITOR (Silized)

Fusível Neozed

Ação Retardada
Roscável
Tensão Nominal: 400 V (CA) e 250 V (CC)
 Fusível Neozed Ação Retardada

Fusível DIAZED gG

Fabricado em tamanho DII
 Roscável
 Tensão nominal: 500 V (CA) e 220 V (CC)

Fusível DIAZED gG 

 

 Conclusões

 Nas instalações de um modo em geral, precisamos garantir a segurança de pessoas e animais, preservar o patrimônio e assegurar a integridade dos fios e cabos elétricos que integram os circuitos. Além dos disjuntores que cumprem o papel de evitar danos por curto-circuito, podemos utilizar fusíveis que conseguem interromper a corrente no momento em que ela torna-se perigosa, evitando acidentes de grandes proporções. Esses dispositivos têm grande utilidade na proteção de toda e qualquer carga, seja ela resistiva aonde a variação de corrente não é grande (a título preventivo) até as cargas reativas (geralmente motores) devido aos picos de correntes que nele se observam. Constituem portanto uma opção a mais que garante o bom funcionamento de uma instalação conforme o previsto.


Portal eletricista.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

ECONOMIA E SUSTENTABILIDADE EM FUSÍVEIS (FUSÍVEL RECONDICIONADO)

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Nextel: (11) 7769-8049
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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

FUSIVEL

O fusível  é um dispositivo de segurança de um circuito elétrico, que tem a função de interromper a passagem de corrente elétrica no circuito, quando a corrente ultrapassar o limite permitido pelo fusível, evitando assim um curto-circuito.

Esses curtos-circuitos podem causar incêndios, explosões ou danos a alguns equipamentos do circuito, os fusíveis são bastante usados nos eletrodomésticos.
Alguns fusíveis são feitos de uma pequena liga metálica, geralmente o chumbo, de baixo ponto de fusão, pois quando a intensidade da corrente elétrica ultrapassa o limite do fusível, essa liga se esquenta e se funde cortando assim a passagem de corrente elétrica, o tempo  que ele demora para fundir é proporcional ao quadrado da corrente aplicada e da inércia térmica do material da liga metálica do fusível, portanto com a variação desse material, podemos ter fusível de ação muito rápida, rápida, média, lenta ou muito lenta. E temos também o disjuntor que simplesmente desliga quando a intensidade da corrente é maior do que ele suporta.
Normalmente o valor da corrente que o fusível suporta vem expressa nele.
Sua representação é:

Fusível de Chumbo

disjuntor que suporta uma corrente de até 10A.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

ELF FUSIVEIS lança novidade SUSTENTAVEL com fusíveis!



     Hoje estaremos mostrando uma ideia nova que surgiu no ramo de fusíveis, um recondicionamento dos fusíveis, reaproveita - los, saiba mais sobre essa ideia bacana!

                          

 
 


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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

FUSÍVEIS OU FUSÍVEL!

Os fusíveis são dispositivos que protegem os circuitos elétricos contra danos causados por sobrecargas de corrente, que podem provocar até incêndios, explosões e eletrocutamentos. Os fusíveis são aplicados geralmente nos circuitos domésticos e na indústria leve, enquanto que os disjuntores são projetados principalmente para atender as necessidades da industria pesada.
Funcionam como válvulas, cuja finalidade básica é cortar o fluxo toda vez que a quantidade de energia que trafega por um determinado circuito for excessiva e puder causar danos ao sistema.

Noção Geral De Fusíveis

O curto-circuito é o contato direto acidental entre os condutores de uma rede. Pode ser entre fases ou entre fase e neutro. Pode ocorrer devido a algum problema na própria rede ou no interior de alguma máquina ou equipamento. A corrente atinge valores elevados, limitados apenas pela resistência ôhmica dos condutores ou capacidade da fonte geradora. Sem uma proteção adequada, danos graves ocorrerão e o risco de incêndio é grande.
O fusível é um dispositivo de proteção simples e econômico e, por isso, amplamente utilizado. Nada mais é que um pequeno trecho condutor de um material de baixo ponto de fusão. O aquecimento provocado por uma corrente elevada funde o elemento, abrindo o circuito.
Os pequenos fusíveis usados em circuitos eletrônicos são geralmente simbolizados por . Em instalações elétricas é comum o símbolo .
A principal característica de um fusível é a sua corrente nominal, isto é, o valor máximo de corrente que o mesmo suporta em regime contínuo sem abrir.
Correntes maiores que a nominal irão provocar a ruptura do fusível após algum tempo e esta relação, tempo x corrente de ruptura é a curva característica do fusível. Os fusíveis também têm uma tensão máxima de operação que deve ser obedecida. Alguns tipos, as vezes chamados de retardados, apresentam um tempo relativamente longo para abrir. Outros, chamados rápidos, abrem em um tempo bem menor, na mesma corrente. Esta diversidade é necessária, uma vez que cargas comuns como motores têm um pico de corrente na partida que deve ser suportado e, portanto, o tipo retardado deve ser usado.
Equipamentos sensíveis como os eletrônicos precisam de uma ação rápida para uma correta proteção. É importante evitar confusões. Um fusível rápido colocado no lugar de um retardado provavelmente irá abrir ao se ligar a carga. E um retardado no lugar de um rápido poderá não proteger os componentes em caso de um curto interno no equipamento.
Fusíveis são uma boa proteção contra curtos-circuitos. Não são muito adequados contra sobrecargas. Para tais casos devem ser usados disjuntores.
Os fusíveis são formados por um filamento projetado para suportar um determinado valor de corrente, que geralmente está marcado no próprio fusível. Quando a corrente que passa por ele atingir este valor limite, o filamento se rompe abrindo o circuito.

Por: Edson Schlikmann

terça-feira, 12 de agosto de 2014

TERMO-FUSÍVEL | FUSÍVEL MECANICO | CHAVE FUSÍVEL

Termo-fusível

Um termo-fusível, além de acumular a função do fusível propriamente dito, permite também proteger determinados equipamentos, caso a sua temperatura ultrapasse determinados valores. Assim protege o equipamento contra sobrecargas, não diretamente usando a corrente de consumo, mas sim a sua temperatura exterior, já que estes termo-fusíveis, estão colocados junto à carcaça para vigiar a sua temperatura.

Fusível mecânico

Este deve ser o menos conhecido dentre os eletrotécnicos, visto que se trata de um dispositivo mecânico. Permite separar sistemas mecânicos, quando entram em bloqueio (devido a um esforço anormal). Para não transmitir o problema à fonte energética, o fusivel mecânico quebra-se, usando as propriedades previsiveis do cisalhamento dos materiais.

Chave fusível

A chave fusível é utilizada para proteção de equipamentos e ramais das redes de distribuição de energia elétrica. São operadas por vara de manobra.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

UM TRABALHO UNIVERSITÁRIO SOBRE FUSÍVEIS !

Os fusíveis, apesar de dispositivos relativamente simples, foram e ainda são muito eficazes na proteção de circuitos elétricos. Desde circuitos em baixa tensão onde visam a proteção de equipamentos simples como lâmpadas a até complexos sistemas de geração e distribuição de energia, os fusíveis devido ao seu baixo custo e simplicidade de operação estão presentes, como também na maioria das aplicações onde se requer uma proteção elétrica contra sobrecorrentes ou curto-circuito.
A primeira aparição oficial do fusível se deu com a patente de Thomas Edison no ano de 1880, com a finalidade de proteger lâmpadas elétricas, pois estas possuíam um filamento muito sensível. Anteriormente a esta data, por volta de 1864, existiam dispositivos semelhantes a um fusível, onde se utilizava fios de platina para a proteção de cabos submarinos, porém há indícios de que o seu surgimento se deu em meados de 1774, onde existem relatos sobre a proteção elétrica em experiências com energia eletrostática.As formas que hoje possuem os fusíveis não correspondem aos primeiros fusíveis fabricados, os quais passaram por muitas alterações em seu formato, no tipo de material empregado em sua construção e nas suas aplicações e características de funcionamento.
Existem várias normas brasileiras que regulamentam a operação e a construção de fusíveis, baseadas em normas internacionais, as quais estabelecem parâmetros como a corrente nominal, tensão de operação, capacidade de interrupção, etc. Estas normas também definem os formatos e os tipos de fusíveis que existem atualmente no mercado.
O presente trabalho tem o objetivo de abordar estes dispositivos, apresentando as suas finalidades, classificações, tipos existentes, materiais utilizados em sua fabricação, fabricantes e pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas a estes dispositivos.
2 DEFINIÇÃO
Os dispositivos fusíveis são elementos de proteção que atuam através da fusão de uma parte dimensionada para tal, secionando o circuito em que estão instalados e interrompendo a corrente elétrica quando esta excede um valor estabelecido por um determinado intervalo de tempo.
Em condições normais, este dispositivo faz com que o circuito no qual está ligado opere normalmente, sem nenhuma ou “quase nenhuma” interferência em suas características, porém no caso de uma elevação do valor da corrente normal de funcionamento, ocorre uma elevação de temperatura no seu elemento fusível até que ocorra a sua fusão, secionando o circuito após determinado tempo. As simbologias mais comuns para representação de um fusível são apresentadas na Erro! Fonte de referência não encontrada., onde a segunda simbologia é a determinada pela IEC.
Figura 1 – Simbologias de um fusível
Os fusíveis são certamente os dispositivos de uso mais tradicional na proteção de circuitos e sistemas elétricos e proporcionam excelente proteção contra curto-circuito devido a sua alta capacidade de interrupção e sua capacidade limitadora (antes que ocorra o valor de crista a corrente de curto circuito é interrompida). Sua utilização, porém, não deve ser efetuada quando se deseja proteção contra sobrecargas leves e moderadas, pois a sua curva de atuação “tempo x corrente” não pode ser ajustada, ao contrário dos relés de proteção contra sobrecorrentes e disjuntores eletromagnéticos, os quais possuem mecanismo de ajuste. Na Figura 2 – Curva tempo × corrente estão apresentadas as curvas tempo × corrente típicas de um fusível.
Figura 2 – Curva tempo × corrente
3 FINALIDADE
Em qualquer sistema elétrico um sistema de proteção é fundamental mesmo em potências baixas, pois qualquer falha ou defeito pode danificar os seus elementos, ou até mesmo por em risco pessoas, animais ou mesmo patrimônios.
Um fusível tem a finalidade de seccionar um circuito caso ocorra qualquer distúrbio em sua corrente de entrada, protegendo os seus elementos de danos, ou no caso de equipamentos eletrônicos ou instalações elétricas até mesmo um incêndio.
Tecnicamente a finalidade de um fusível é proteger as instalações ou equipamentos de danos causados por sobrecorrentes ou curto-circuitos, rompendo seus componentes fundíveis caso ocorra um destes eventos.
4 CONSTRUÇÃO 4.1 ELEMENTOS FUSÍVEIS
Os fusíveis possuem como elementos fusíveis ligas metálicas denominadas “Ligas fusíveis”. Essas ligas são conhecidas através de seus nomes comerciais, e suas propriedades são especificadas em manuais especializados ou em catálogos de fabricantes.
Os principais elementos que às compões são bismuto, cádmio, chumbo e estanho. Em fusíveis especiais pode ser encontrada como elemento constituinte a prata.
A corrente necessária para fundir um elemento fusível de determinado tipo de dispositivo é calculada através da fórmula de Preece a qual é apresentada na equação 1.
Onde “I” é a corrente de fusão do fio, “a” é um parâmetro tabelado e “d” é o diâmetro do fio. Assim, quando um condutor é aquecido por uma corrente elétrica e atinge uma temperatura estável, a energia transformada em calor por efeito joule é igual ao calor que deixa a superfície do condutor por convecção e radiação.
Para uma pequena elevação de temperatura acima do ambiente, o calor perdido pelo condutor pode ser calculado pela lei de Newton, segundo a qual a energia emitida (W) é proporcional à elevação de temperatura (∆θ), à superfície do condutor (A), ao tempo (t) e a emissividade da superfície (e), unindo estes parâmetros é obtida a equação 2.
=∆Equação 2
A potência P emitida por um fio de seção circular, com o diâmetro d e o comprimento l é, portanto:
Considerando que a potência transformada por efeito joule é
. Equação 4
E a resistência de acordo com a segunda a lei de ohm é
. Equação 5
A qual é denominada “coeficiente de Preece” e depende do tipo de material utilizado.
Comumente os valores de “a” são tabelados, na Tabela 1estão os valores do coeficiente de Preece para alguns tipos de materiais.
Material a
Cobre 80
Alumínio 59,3
Constantan 4,4
Prata alemã 40,9
Tabela 1 – Coeficiente de Preece para alguns materiais
Assim, conhecido o valor de a, pode-se calcular a corrente necessária para fundir um fio com um diâmetro pré-determinado ou calcular o diâmetro de um fio utilizado na construção de um fusível a partir de uma corrente dada.
4.2 ELEMENTOS ISOLANTES
Os fusíveis de modo geral devem possuir um elemento isolante que garanta a circulação de corrente em apenas seus elementos funcionais, assim sendo necessário um elemento isolante para envolvê-lo. Além da função de isolação, em fusíveis que operam com tensões elevadas ou correntes elevadas têm-se o problema do arco elétrico que surge durante seu rompimento, com isso além da função de isolante o invólucro do fusível também se destina a extinção deste arco elétrico produzido.
Tendo em vista que durante a operação do fusível criam-se elevadas temperaturas e pressões, o material utilizado no invólucro do elemento fusível deve suportar estas condições sem sofrer nenhum dano em sua estrutura. Os invólucros normalmente utilizados são fabricados com papelão, fenolite, cerâmica, vidro, plástico, etc. Nos casos mais críticos utiliza-se um material isolante inserido no interior do fusível para ajudar na extinção do arco.
Normalmente o material utilizado para a extinção do arco fica na forma granular no interior do encapsulamento e é composto por quartzo, areia ou amianto mas pode ser utilizado qualquer outro material que possua características necessárias de isolação, temperatura e inflamabilidade.
Em sua construção, quando estes materiais não são transparentes ou não permitem a visualização do estado do fusível, criam-se dispositivos que sinalizam se o fusível está em condições de funcionamento ou fora de operação.
5 CARACTERÍSTICAS
No dimensionamento dos fusíveis algumas características são de extrema importância para um dimensionamento correto e sua correta atuação no caso de uma falta em um sistema elétrico ou eletrônico. Fatores como corrente de interrupção, tensão nominal e corrente nominal são de extrema importância no seu dimensionamento. Algumas destas características estão apresentadas a seguir.
5.1 CORRENTE NOMINAL (IN)
E o valor de corrente que pode percorrer o fusível por tempo indeterminado sem que este apresente um aquecimento excessivo.
5.2 CORRENTE TÉRMICA NOMINAL (ITH)
E a maior corrente que o dispositivo deve suportar num período de oito horas sem que o aumento da temperatura ultrapasse os limites especificados. “Sem que a elevação de temperatura de suas várias partes exceda limites especificados (que são os mesmos indicados na tabela 3 da NBR 5361)”.
5.3 CORRENTE DE AJUSTE Valor de corrente em que o dispositivo é ajustado e as configurações são definidas.
5.4 CORRENTE CONVENCIONAL DE FUSÃO (IF) Valor de corrente que ativa a atuação do dispositivo dentro de um tempo determinado.